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Fruta ou chocolate – episódio 2

No primeiro episódio da série “É fruta ou chocolate” abordámos a “interação com o público-alvo” como um tema de publicação que tanto serve objetivos operacionais na gestão da presença da marca, como suporta os objetivos de negócio de médio e longo prazo. Hoje, em continuação, exploramos os passos para definir uma estratégia de conteúdos.
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4 minutos

Comecemos como sempre do fim para o princípio, apresentando um exemplo de publicação e desconstruíndo o mesmo.

Real Time
Este exemplo cai na temática do “real time” abordado aqui de uma forma ligeira. “Real time” é uma tática de criação de conteúdos, em que se escolhe um assunto quente do momento e se adapta o mesmo ao nosso produto/serviço.
Nem todas as marcas o conseguem. E na verdade nem todas o podem fazer, quer seja pela rapidez de reação (cadeia aprovação e liberdade criativa), pela personalidade da mesma (mais ou menos conservadora) ou pela adequação ao tipo produto/serviço que representam.
Neste caso o “real time” é ainda mais simplista que o anterior, e adiciona um pouco de informação educacional sobre o produto.
Longe do sucesso do “real time” de marcas como a Super Bock ou a Control, pois em ambas as publicações ainda não se denota qualquer personalidade na voz da marca.
UGC – User Generated Content
A utilização, com a devida autorização, de publicações feitas pelos clientes da marca.
A narrativa de comunicação que acompanha as imagens pode ser uma cópia do que o cliente escreveu (se assim fizer sentido). Em alternativa apresentar uma mensagem original da marca, sem desvirtuar o que foi partilhado pelo cliente. Uma tática excelente para trazer para o feed da marca imagens de consumo real (lifestyle reais), não ficando limitado às fotografias de produto/serviço oficiais, que por norma são insuficientes para fazer face aos 365 dias de redes sociais por ano.
Percepção de Marca
Querem reafirmar, criar ou mudar radicalmente a percepção que a marca tem junto dos consumidores. Trazendo a público os testemunhos de clientes reais. O formato dependerá da criatividade e recursos de cada marca. 
Educacional
Conhece a sua marca como ninguém, de fio a pavio. Mas uma parte do seu público-alvo não.
Enquanto os embaixadores de marca certamente só necessitam das novidades, o mesmo não se aplica aos consumidores recentes, aos que são apenas fãs nas redes sociais e aqueles que ainda não são clientes.
Conteúdos educacionais sobre o que a marca tem para oferecer são sempre necessários.
A criatividade encarrega-se de variar a forma como são apresentados.
Novidades
Outra área temática a ser definida como parte da estratégia de conteúdos. Todos os momentos que tragam algo de novo para comunicar, mas que tenham sempre interesse para o público-alvo. A abertura de uma nova loja, a criação de um novo produto, um exclusivo, um novo serviço…
Estímulo de Vendas
O primeiro tema que vem à mente de todos. Usar com moderação.
Findos os exemplos, fazemos uma síntese
Real time e UGC – são táticas aplicadas à criação de conteúdos.
 
Estímulo de Venda, Educacional, Percepção de Marca, Novidades… e tantas outras temáticas que podiam ter sido aqui exemplificadas representam as grandes áreas temáticas da estratégia de conteúdos.
 
Cada publicação feita enquadra-se então num grande tema, que por sua vez existe para comunicar com um do público-alvo específico e suporta um determinado objetivo da marca como negócio.
 
A estratégia de conteúdos resulta da combinação de: Para quem se comunica, o que se comunica e através de que canais.

3 passos para definir a estratégia de conteúdos

1. Quem são os vários públicos-alvo da minha marca ou linhas de produtos/serviços?

Caracterizar os vários público-alvo (o consumidor que deseja ver seu cliente) com dados como faixa etária, estado civil, agregado familiar, como consomem e onde consomem o seu produto/serviço, que interesses e causas têm para lá da sua marca.

Que dúvidas e questões têm sobre a sua marca, e o seu produto/serviço?

A sua marca resolve que problema ao seu público-alvo?

Ao delinear o quem, sabe com quem irá comunicar, como deverá abordar cada tipo de público-alvo, e a quem se vai dirigir nas redes sociais.

Com esta caracterização avalia-se igualmente em que redes sociais encontramos o público-alvo e que utilização faz das mesmas.

2. A marca usa as redes sociais para atingir que tipo de objetivos de negócio?

3. Qual o ciclo de compra dos vários públicos-alvo?

Dependendo do tipo de produto/serviço, as compras podem ser de impulso mas também podem ser compras com um processo de decisão longo.
A necessidade de compra desse produto/serviço pode ser recorrente (todos os dias, semanas, meses), pode acontecer anualmente, ou só de 5 ou de 10 em 10 anos (exemplo casa, carro).
 
Saber quando (em que altura do ano, mês ou dia) o consumidor compra dá-nos uma janela de tempo anterior para o influenciar, permitindo ajustar o que comunicar e quando. Variando claro conforme o tipo de produto/serviço que estejamos a trabalhar.

Da conjugação dos três passos anteriores respondemos às questões: que grandes temas vamos abordar, quando e através de que canais. Concluindo assim a definição da estratégia das redes sociais para a sua marca.

A rubrica “É fruta ou chocolate” volta na próxima terça-feira para falar sobre personalidade, e todos os elementos que tornam uma publicação distinta.

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