Apostar no Mercado Doméstico
- Que peso tem o mercado nacional na nossa marca?
- Que peso tem o mercado nacional no nosso destino? Teremos novamente direito ao “vá para fora cá dentro”?
- Não tendo peso, que tempo útil temos para os conquistar?
- Tem o mercado nacional poder económico para o nosso hotel?
- Terá o mercado nacional poder económico pós covid-19?
- Irá o nosso hotel tomar a decisão arriscada de fazer tarifas super especiais pós covid-19 para o mercado doméstico?
- Minimizar o prejuízo no curto prazo, sim. E depois?
- A tarifa fará claramente o mercado nacional perceber que lhes estão a abrir portas para experimentarem o vosso hotel apenas este ano. Ou preferem arriscar-se a ganhar uma chuva de reclamações nos anos seguintes quando subirem os preços a níveis similares pré crise?
Não cancelem campanhas publicitárias
- Pull Marketing – Quando o cliente anda activamente à procura do nosso serviço, tipo de facilidade, conceito e/ou destino.
- Push Marketing – Quando o cliente não anda necessariamente à nossa procura, e o hotel irrompe pela vida do cliente para compromissos publicitários.
- Remarketing – Indo atrás do cliente que passou pelas nossas plataformas digitais e relembrando que existimos, sugerindo-lhe a concretização da reserva.
É portanto expectável que desde dia 24 de Fevereiro estejam a perder lentamente impressões nos mesmos, e que desde 11/12 de março essa quebra seja ainda mais brusca. E que todo o tráfego directo para o vosso website esteja a acompanhar esta descida.
Utilizem as anotações do google analytics para manterem uma clara interpretação dos dados.

Não queremos parecer o sales manager que citei anteriormente pois aí colocamo-nos aos olhos do cliente apenas como aproveitadores, marcas pouco sensíveis ao drama que se vive.
Assegurar o cliente que somos limpinhos
Fiquem em casa – mas vejam como somos limpinhos e queremos que nos visitem, arrisquem-se porque somos limpinhos. Enfrentem aeroportos, aviões, concentrações para nos visitarem porque somos delirantemente limpinhos e aqui estarão em “segurança”.
Tarifas Flexíveis
Todas as tarifas flexíveis e condições de compra neste momento têm o custo de oportunidade do investimento agravado.
O pânico de uma crise económica grave, situações de desemprego, rendimentos insuficientes para fazer face às despesas básicas de um agregado familiar. Não é só o ficar em casa é a incerteza das consequências posteriores.
Compreendendo claramente o conceito da flexibilidade. Diminuir a sensação de não devolução de uma noite ou do total da estadia paga para umas férias que não se sabe se vão acontecer.
Mas pensemos um pouco mais à frente, deixemos de reagir ao dia de hoje e vamos antever o que nos espera.
Tarifa flexível com depósito para novas reservas
O cliente pode cancelar/modificar sem despesa de cancelamento mas o depósito já está do nosso lado.
- Que garantias tem o cliente que é um bom negócio para ele?
- Que garantia tem o cliente que mais à frente os vossos preços não baixam?
- Que garantia tem o cliente de que não precisa do “investimento” para suprir condições de sobrevivência?
Tarifa flexível sem depósito
O cliente pode cancelar/modificar sem despesa de cancelamento mas também não há depósito do nosso lado. Tudo por confirmar até ao dia da chegada, ou proativamente confirmado a 48h de chegar.
- Quais os custos de angariação destes clientes?
- E em que mercados vamos apostar nos de curto prazo (mercado doméstico como amplamente recomendado) ou nos habituais?
- Qual o lead time do nosso negócio?
O marketing digital directo serve para angariar esses potenciais clientes e manter um elo de comunicação com os mesmos.
Na certeza porém, que ao se manterem as previsões actuais, antes de meados de Junho não haverá indícios relevantes de recuperação.
Apelos: Não cancele as suas férias apenas mude as datas.
Sim o sector precisa de cada hóspede, precisa e celebra cada reserva que chegar, e estará eternamente grato aos clientes que os apoiarem.
O sector do turismo, restauração e todos que são o seu suporte, ao contrário do que muitos pensam é composto por micro e pequenas empresas, maioritariamente familiares e que são o sustento de muitos agregados.
Por muito que esta actividade tenha ganho o ódio de muitos cidadãos pelo excesso de turismo em alguns pontos do país. E pela imagem errada de que todos os empresários têm poços de petróleo no quintal. Agora no presente, é responsável por cerca de 15% do PIB nacional e por 6,7 % do emprego directo (fonte:Turismo de Portugal ).
Gerando impostos e dotando consumidores de rendimento necessário à despesa, ambos necessários à recuperação do país no pós covid-19.